Há dez anos deixou o Sporting campeão para treinar a Selecção Nacional. Esta temporada herdou a equipa campeã e no sábado fez dos leões bicampeões nacionais. Diz ter uma paixão doentia pelo futsal e uma ambição desmedida em dar ainda mais qualidade ao trabalho da sua equipa. Na mente já só tem a preparação da próxima época.
Após nove anos no comando técnico da Selecção Nacional quais foram as razões que o levaram a sair e voltar a um clube?
- Sentia cada vez mais a necessidade de treinar todos os dias. Aquilo que eu entendo que é o jogar futsal não era fácil de transpor para uma equipa que se juntava de dois em dois meses, três em três. Chegámos a estar seis meses sem estarmos juntos. Não era isso que eu queria.
- O facto de ter conquistado as três provas a nível nacional é sinónimo que tem a melhor equipa?
- É o que sinto. O Sporting tem o modelo de jogo mais organizado e atractivo. Dá muito trabalho, exige muitas rotinas e treino. Esta época cumprimos 254 treinos, 94 sessões de ginásio, fizemos 65 jogos e analisámos 120 vídeos de jogos.
Foi assim a nossa progressão até chegarmos à conquista das três provas. Mas já é passado. Temos de perspectivar o futuro. Aliás, salvo erro, Fernando Pessoa disse - às vezes interesso-me por outras coisas que não futsal [risos]: o futuro não o conheço, o passado já não o tenho, por isso vivo o presente.
(A Bola)
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